A primeira vez que tive uma crise existencial foi no meu aniversário de 10 anos.
A festa estava acontecendo na minha casa. Deixei os convidados na sala cantando no videokê e me tranquei no banheiro. Chorei olhando no espelho tendo a constatação de que eu não era mais criança.
Anos mais tarde, me sinto presa a um purgatório de crises existenciais. Sozinha, em um isolamento social, me deparei com muito tempo livre para pensar e encará-las.
A longa viagem a um lugar muito perto é sobre autoconhecimento. Sobre explorar a criança interior e buscar a própria autenticidade. A criação de um mundo imaginário para suportar o mundo real.