Estas fotografias foram batidas na rua, menos uma, a da flor. Então, talvez quase todas sejam fotografias de rua. Sim, havia também a flor na minha varanda, a flor que tombava em direção à rua. E eu diria, imprecisamente, que a fotografia que não bati da flor seria uma típica fotografia de varanda, enquanto seu tombo em direção à rua, é de fato uma fotografia de rua.
Mas, pensando melhor agora, será que fiz com as outras realmente fotografias de rua? É que fui à rua e descobri uma varandinha em cada canto, uma varandinha ao redor de cada objeto fotografado, tombado, largado ao léu. Mas – e tem sempre um “mas” – em frente a essas varandas de mentirinha, vi que passava uma rua verdadeira, a minha rua, que começava em algum lugar bem distante de mim e seguia para sei lá onde. Então, reviso: são todas fotografias de rua, mas da minha rua, onde só é possível fotografar o tombo daquilo que tomba.