Desde 2023, acompanho as balls cariocas com a câmera colada no ritmo da pista. O que me fascina é a dramaturgia ao vivo: cada entrada é um ato de guerra e festa, onde beleza e potência andam lado a lado. Não é só performance, nem só caminhada: é um jogo de corpo e poder acontecendo ao vivo.
Quando fotografo, não quero só congelar um show. Quero que as pessoas sintam a música, as “houses” gritando, o salto batendo no chão, a luz cortando a fumaça. Minhas fotos buscam fazer quem olha sentir que está ali dentro, vivendo cada segundo.
Aprendi que a performance não acaba quando a música para. Ela fica no corpo, na conversa e na memória. Meu trabalho é guardar esse rastro, a prova de que arte, desejo e resistência cabem no mesmo clique.